A linha CB 400/450 durou 14 anos no mercado nacional, passou de motocicleta dos sonhos a item brega, mas de qualquer forma se tornou uma clássica e ainda hoje é objeto de desejo de muitos motociclistas. Conheça as várias versões deste best-seller nacional ao longo do tempo.
Em junho de 1980 é lançada a CB 400 (mais japonesa do que nacional, apenas 15% de seu valor era correspondente a peças nacionais). Com tanque de 17 litros, motor refrigerado a ar de 2 cilindros paralelos de 400 cc, 3 válvulas por cilindro que gerava 40 cv a 9.500 rpm e torque de 3,2 kgmf a 8.000 rpm.
Já em outubro de 1981 estava disponível a CB 400 II com guidão mais alto, e pára-lama dianteiro na cor da moto e freio dianteiro com disco duplo, enquanto o traseiro permanecia a tambor.
Em agosto de 1983, apareciam as CB 450 com cilindrada aumentada para 447 cm³, gerava 43,3 cv de potênciae torque de 4,3 kgmf a 6.500 rpm. E para reforçar a novidade, a Honda apresentou a CB em duas versões: Custom e Esporte. A Custom voltou a ter pára-lama dianteiro cromado, guidão alto e apresentava lanterna e alça de apoio bem integradas à rabeta. Os logotipos eram dourados e tendia a um estilo mais norte-americano.
Lançada em conjunto com a Custom em fins de 1983, a CB 450 Esporte tinha um design mais europeu destacado pela pequena carenagem de farol, freio dianteiro com duplo disco e traseiro com disco simples (e enorme). A pintura apresentava grafismo bicolor. Tanto a Esporte quanto a Custom apresentavam novidades como o pisca-alerta, lanterna traseira com lampada dupla, marcador de combustivel no painel, radiador de óleo e uma barra estabilizadora na suspensão dianteira.
A chegada da CB 450 em 1983 não significou o fim da CB 400 que continuou em produção na versão Tucunaré, mas com roupagem da CB 450 standard incluindo o farol quadrado e a rabeta mais dinâmica. A Tucunaré era uma opção básica da linha CB e continuou em produção até outubro de 1984 quando deu lugar à CB 450 básica.
Entre maio e junho de 1986 a Honda ofereceu uma versão limitada da CB 450 Esporte denominada “Nelson Piquet” com as cores da equipe Williams de Fórmula 1 do tricampeão brasileiro. Só não é mais rara do que a versão Policial.
Em março de 1986, a Honda tirava de linha as versões Custom e Esporte e as substituia pela versão TR, mais simplificada com guidão alto da Custom e alça de apoio da Esporte. O conjunto de freios retrocede e volta a ter disco simples na dianteira e tambor na traseira.
Em novembro de 1987 a Honda volta a equipar a CB para mantê-la atraente frente às rivais: substitui a TR pela DX que volta a ter freio dianteiro com duplo disco e traseiro com disco simples. A DX duraria mais 7 anos, quando em 1994
saia de linha por se tornar obsoleta frente às opções que chegavam com a abertura das importações.
_ |
CB 400 (1980) |
CB 450 DX (1988) |
Cilindros |
2 paralelos, 4 tempos |
Comando e válvulas por cilindro |
no cabeçote, 3 (2 de admissão, 1 de escapamento) |
Refrigeração / partida |
a ar / elétrica |
Diâmetro e curso |
70,5 x 50,6 mm |
75 x 50,6 mm |
Cilindrada |
395 cm3 |
447 cm3 |
Taxa de compressão |
9,3:1 |
9,1:1 |
Potência máxima |
40 cv a 9.500 rpm |
43,3 cv a 8.500 rpm |
Torque máximo |
3,2 m.kgf a 8.000 rpm |
4,3 m.kgf a 6.500 rpm |
Alimentação |
2 carburadores de 32 mm |
Marchas |
6 / transmissão por corrente |
Dianteiros |
a disco |
a disco duplo |
Traseiros |
a tambor |
a disco |
Quadro |
Diamond, motor estrutural, de aço |
Suspensão dianteira/traseira |
telescópica / duas molas |
Pneu dianteiro/traseiro |
3,60 S 19 / 4,10 S 18 |
Comprimento |
2,095 m |
2,07 m |
Largura |
730 mm |
845 mm |
Entreeixos |
1,395 m |
Altura do banco |
795 mm |
Capacidade do tanque |
17 l |
17,5 l |
Peso |
ND |
177,5 kg |
Velocidade máxima |
160 km/h |
Aceleração de 0 a 100 km/h |
7 s |
Dados de desempenho aproximados; ND = não disponível |